O óleo de coco é derivado da copra, e contém grande quantidade de lipídeos de baixo peso molecular como ácido láurico. No óleo de coco pode-se encontrar ácido caprílico, cáprico, mirístico, palmítico, esteárico, oléico, linoleico e ácido láurico, sendo esse último encontrado em maior proporção. Outros componentes encontrados em menores concentrações incluem monoglicerídeos, diglicerídeos, fosfatídeos, ceras, pigmentos (carotenóides e clorofila) e esteróis (matéria insaponificável) como os tocoferóis, que inibem a oxidação das cadeias de ácidos graxos insaturados do óleo de coco.
Existem vários métodos para a extração de óleos, no entanto, os principais são a extração artesanal, mecânica e por solvente. No método de extração artesanal a polpa do fruto é submetida ao cozimento intensivo em um recipiente contendo água. Após a fervura, o óleo sobrenadante é separado da parte aquosa. Em seguida, ocorre a secagem do óleo em fogo baixo, com a utilização de um recipiente metálico sobre uma chapa quente até que o óleo perca a opacidade devido à umidade, após esse procedimento, o óleo é filtrado em papel de filtro. O método artesanal apresenta alguns inconvenientes, como baixo rendimento, produto com aspecto opaco e alta umidade. Para evitar o processo de oxidação em poucos dias, o óleo de coco artesanal deve que ser centrifugado, o que proporciona melhor separação da fase oleosa e resíduos da extração.
A extração mecânica pode ser realizada pela técnica de prensagem, sem a utilização de solventes, desta forma, o produto obtido mantém suas propriedades naturais. Porém, devido a sua menor eficiência na retirada de óleo da fruta ou semente, essa extração pode ser combinada à extração por solvente para aumentar o rendimento. Quando realiza a prensagem com alta pressão, o conteúdo de óleo residual na torta é reduzido em 5%, dispensando o subsequente uso do solvente. A extração por prensagem apresenta menor custo de extração, devido ao fato de não utilizar energia elétrica e solventes, como também não gera aquecimento do óleo e da torta, sendo necessário apenas uma prensa e um cilindro extrator.
A extração por solvente consiste em colocar um solvente orgânico em contato direto com a matriz vegetal. Após um intervalo de tempo suficiente para que ocorra a transferência dos constituintes solúveis presentes na planta, efetua-se a separação das fases sólida e líquida. O óleo é obtido pela evaporação do solvente presente na fase líquida. Essa metodologia é indicada para óleos que são muito instáveis, não suportando aumentos de temperatura. Neste processo os solventes orgânicos mais utilizados para extração são o hexano, benzeno, metanol, etanol, propanol, acetona, pentano e diversos solventes clorados.
Fonte: Revista Perspectivas Online: Biológicas & Saúde Abril de 2018, Vol.8, nº 26
Autoria: Ana Paula Santos de Pinho & Aline Francisca de Souza